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5ª EDIÇÃO

“Façam enxárcias das minhas veias!

Amarras dos meus músculos!

[...]

A todos os ventos de todas as latitudes e longitudes

Derramem meu sangue sobre as águas arremessadas

Que atravessam o navio, o tombadilho, de lado a lado,

Nas vascas bravas das tormentas!

                                                  

Ode Marítima - Poesias de Álvaro de Campos.

Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp.1993), 162.

 

Convidado a prefaciar mais uma edição deste exitoso livro, “Capitão Amador: navegação segura em cruzeiros de alto-mar”, sou tocado por dois sentimentos de elevado valor humano: o primeiro deles, o da fraternidade, que resgata em nós os tempos de formação, de Escola Naval; o segundo, de homem do mar, que viveu, como ele, Capitão de Mar e Guerra Jaime Roberto da Costa Felipe, os melhores anos da vida nesse ambiente cativante e desafiador que, a exemplo do que diz Pessoa em sua Ode Marítima, nos envolve com seus horizontes inalcançáveis e rumos infinitos, a indicar as novas descobertas.

Esta obra é um testemunho notável de que o encantamento que nos envolve, como homens do mar atuantes, ao exercer a profissão, não é apenas o que provém da natureza, aquele que nos paralisa diante de milhões de estrelas, constelações e galáxias, quando aproamos ao oceano noite adentro, ou o que nos surpreende ao descobrirmos a companhia solitária de uma baleia jubarte, ou de um cardume de golfinhos a mergulhar seguidamente, em nossa proa, a indicar-nos o rumo. Pois o encantamento que conquistou definitivamente o autor deste livro foi, sem dúvida nenhuma, o próprio exercício da profissão do mar.

Exercício da profissão do mar. A Navegação, como ciência e arte de conduzir seu barco, em segurança, com pleno conhecimento dos elementos que o envolvem. A Meteorologia e a Oceanografia, que descrevem o lugar onde transcorre o drama da travessia humana entre ondas, correntes e atmosfera. A Eletrônica e as Comunicações, para que o navegante possa manter contato com suas referências em terra.

Foi esse amor pelas coisas do mar, pela vida no mar, que fez do Comandante Felipe um vencedor, um apóstolo da Natureza que produziu essa verdadeira Escritura.  Que nos ensina como ser do Mar, e contribuir para o desenvolvimento da nossa Maritimidade, vocação de um país com mais de cinco milhões e setecentos mil quilômetros quadrados de Amazônia Azul.

Luiz Antonio Luciano de Oliveira

CAPITÃO DE MAR-E-GUERRA

4ª EDIÇÃO

Em cada navio existe um homem que, na hora de emergência ou perigo no mar, não pode recorrer a outro homem. Existe um homem que, sozinho, é inapelavelmente responsável pela navegação segura, desempenho das máquinas, precisão de tiro e moral da tripulação. Ele é ...  O Comandante!

 

O trecho acima citado consta do início de artigo que traduzi, há muitos anos com o Almirante Castro Leal, abordando os aspectos relevantes de um comando no mar. Mostra a importância do comandante, a solidão do cargo e as responsabilidades inerentes ao comando.

 

Ao receber os primeiros ensinamentos na arte de navegar, nas salas de aula da querida Escola Naval, lado a lado do comandante Felipe, autor deste livro, não imaginava como os utilizaria ao longo de minha carreira, além de muitos outros que fui recebendo com o passar dos anos, postos, cursos e comissões.

 

Fui o feliz comandante de quatro navios, comandei um esquadrão de fragatas e, finalmente, a Esquadra. Nesse ir e vir do convívio com o mar, por vocação, o vi com alegria e realização profissional, mas também sempre com respeito por suas peculiaridades, seus desafios e ensinamentos. Tive a experiência de entrar em alguns portos nacionais com esses quatro navios, de porte, manobrabilidade, potência de máquinas e sofisticação de equipamentos diferentes. A cada singradura uma experiência, a cada experiência um ensinamento, a cada ensinamento um amadurecimento.

 

A leitura deste livro foi uma agradável revisita a esse cabedal e, naturalmente, a um aperfeiçoamento e atualização daquilo que aprendi em quarenta e oito anos de serviço ativo na Marinha do Brasil.

 

Sua estrutura apresenta aos leitores, com naturalidade, os conhecimentos de meteorologia e oceanografia, passando pela essencial familiarização com os fundamentos de estabilidade e, após a apresentação dos conhecimentos básicos de eletrônica, mostra o que um capitão amador deve conhecer sobre comunicações no mar e navegação eletrônica. 

 

A navegação astronômica tem sua importância e necessidade apresentada de forma clara e didática na introdução do Capítulo 6, não esquecendo o Comandante Felipe a qualificação de “arte” para a navegação, me cabendo somente acrescentar a “beleza” que nos proporciona os vários eventos astronômicos que temos que observar, do crepúsculo matutino ao vespertino, para manter nossa navegação precisa e segura. 

 

Finalmente, no Capítulo 7, ele nos informa quanto à sobrevivência no mar e navegação em balsas salva-vidas. Com isso completa a importante contribuição que este livro dá à formação dos futuros capitães-amadores e ao papel da Marinha como Autoridade Marítima, cabendo a ela promover a implementação e a execução da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário - LESTA, com o propósito de assegurar a salvaguarda da vida humana, a segurança da navegação, no mar aberto e hidrovias interiores.

 

Ter sido escolhido para prefaciar esta sua 4ª Edição muito me honrou e me concede distinção pela companhia dos oficiais da Marinha que tiveram essa agradável tarefa nas edições anteriores.

 

Ao Comandante Felipe, querido colega da Turma Grenfell e companheiro de muitos anos na Marinha do Brasil, os meus cumprimentos pela qualidade do trabalho, por sua pertinência e pelos conhecimentos teóricos e práticos que o fazem referência recomendada pela Marinha para o exame de Capitão Amador.

João Afonso Prado Maia de Faria

ALMIRANTE-DE-ESQUADRA

3ª EDIÇÃO

O navegante com a responsabilidade pela operação e manutenção de uma embarcação em condições de segurança, extensivas às pessoas a bordo, é denominado de Comandante, Capitão, Mestre ou Patrão.  A legislação coloca em seus ombros enormes obrigações e, em contrapartida, delega-lhe poderes que, em terra firme, seriam inimagináveis estarem concentrados em uma única pessoa.

Para bem desempenhar suas funções e honrar o título que ostenta, o Comandante ou Capitão deve possuir uma variada gama de habilidades e conhecimentos nas áreas de meteorologia, manobra, estabilidade, navegação, comunicações, sobrevivência no mar etc, pois diz a máxima que “o mar é um grande mestre, mas implacável na cobrança de seus ensinamentos”.

No caso específico do navegador amador, que se faz ao mar essencialmente por esporte ou recreio, tais conhecimentos, se corretamente absorvidos e aplicados, podem tornar-se uma fonte da satisfação e da graça que ele busca ao navegar. A previsão de evolução do tempo, a colocação de uma posição na carta náutica, a manobra de atracação bem feita, o enfrentar o mal tempo com habilidade são atividades em si prazerosas, e bem exercê-las é parte importante da maravilhosa experiência do “comando no mar”.

É especialmente para estes navegantes que o livro “Capitão Amador – Navegação Segura em Cruzeiros de Alto-mar” do Capitão-de-Mar-e-Guerra Jaime Roberto da Costa Felipe,  foi escrito. Ele vem preencher um importante espaço na formação daqueles que querem navegar por esporte ou recreio, em especial dos que buscam aventuras mais fortes, indo além dos limites de visibilidade da costa. E, em harmonia com o espírito lúdico que anima tais marinheiros, o livro é de fácil e agradável leitura, não apresentando qualquer dificuldade de entendimento.

A enorme bagagem profissional e larga experiência do autor são os maiores selos de qualidade que a obra possui. Oficial de Marinha aperfeiçoado em Hidrografia com distinção, o Comandante Felipe serviu a maior parte de sua vida nos navios hidrográficos e na própria Diretoria de Hidrografia e Navegação, lidando intimamente com os assuntos que aborda no livro, já que é da competência técnica daquela Diretoria, dentro da estrutura da Marinha, a execução dos serviços de meteorologia, cartografia náutica, oceanografia, bem como a elaboração das normas e procedimentos de navegação para os navios brasileiros ou os que operam em Águas Jurisdicionais Brasileiras. Na sua bela carreira cabe especial destaque o Comando de três navios e o exercício das funções de encarregado de navegação do Navio-Escola Brasil em viagem pelos mares de quatro continentes. Hoje, na reserva, ministra aulas em diversos cursos ligados à preparação de navegantes, profissionais ou amadores.

Para mim, ex-Capitão dos Portos e ex-Diretor de Portos e Costas, portanto consciente da grande necessidade de aprimorar o preparo de nossos homens do mar, é muito gratificante ver este livro ser reeditado e, principalmente, constatar que em cada nova edição são introduzidas atualizações que o mantêm em dia com a rápida evolução tecnológica que a navegação como um todo vem sofrendo. Foi uma honra ter sido convidado para prefaciá-lo, pelo que agradeço ao Comandante Felipe.

Tenho certeza que todos os que tiverem a ventura de tomar contato com esta obra, mesmo os que já possuem larga experiência de navegação oceânica, muito aprenderão e se qualificarão ainda mais para garantir a segurança das embarcações e a vida das pessoas colocadas sob sua guarda.

Parabéns, Comandante Felipe!

Eduardo Bacellar Leal Ferreira

ALMIRANTE-DE-ESQUADRA

2ª EDIÇÃO

       

Semeie um ato, e você colhe um hábito.

Semeie um hábito, e você colhe um caráter.

Semeie um caráter, e você colhe um destino.

Charles Reade

 

O Comandante Felipe, o Marinheiro, o Oficial de Marinha, o Hidrógrafo, o Oceanógrafo semeou o ato de amor pelas coisas do mar, que se transformou no hábito que veio a forjar o seu caráter e lhe proveu o seu destino como mestre dos assuntos do mar.

Nem mesmo o vasto currículo que ele conquistou ao longo de sua vida e mesmo os seus atributos de homem do mar explicam a facilidade com que o Comandante Felipe conseguiu, de maneira simples e talentosa, construir esse valoroso livro que, pelo seu sucesso, rapidamente chega em sua segunda edição.

Felipe associa ao seu modo de ser, apaixonado por tudo que faz e vive, a alma do navegante, do artista, do aventureiro e do profissional do mar.

− Permita-me, prezado amigo, compartilhar com você um pouco desses mesmos sentimentos e atributos que na alma do marinheiro se misturam, se entrelaçam.

Não há como contemplar o mar com os olhos de artista, de poeta, que não seja vivenciando a sua beleza, a sua grandeza. Não há como viver o mar sem existir em nosso íntimo o sentimento da aventura, do enfrentar desafios, do exacerbar sentimentos de medo, de paixão e às vezes, de loucura. Não há como enfrentar o mar com a máxima segurança que não seja com todo respeito, com todo o conhecimento necessário dos fenômenos que regem as forças da natureza que influenciam o meio ambiente marinho. Aí releva a importância do livro do Comandante Felipe, o profissional, o professor de navegação marítima.

O passar do tempo, o progresso das ciências vieram a tornar o conhecimento dos fenômenos da natureza que afetam os mares menos intuitivo aos marinheiros e navegantes. O desenvolvimento de instrumentos e técnicas de observação e tratamento matemático cada vez mais apurados permitiram a esses profissionais não somente identificar os fenômenos, como prever as ocorrências futuras de maneira a evitar ou mitigar seus efeitos adversos ao longo de suas singraduras. O livro Capitão Amador – Navegação Segura em Cruzeiros de Alto-Mar fornece ao navegante essa bagagem de conhecimentos, consolidando conceitos meteorológicos, oceanográficos, de navegação eletrônica, de navegação batimétrica, de navegação astronômica, de comunicação marítima, além de aspectos fundamentais de sobrevivência no mar que buscam a capacitação do navegante amador.

Certamente, como marinheiro, apresento o meu reconhecimento a esse ilustre Oficial de Marinha, Capitão-de-Mar-e-Guerra Jaime Roberto da Costa Felipe que com sua sensibilidade marinheira e competência profissional nos oferece essa sua valiosa obra em sua 2ª edição, e dessa forma promove, de maneira exemplar, o desenvolvimento da segurança da navegação e da salvaguarda da vida humana no mar.

 

Parabéns, meu caro amigo.

Paulo Cesar Dias de Lima

VICE-ALMIRANTE

1ª EDIÇÃO

Há alguns anos tive o prazer de estreitar o conhecimento com o Capitão de Mar-e-Guerra Jaime Roberto da Costa Felipe então já na reserva de nossa marinha, se dedicando, como amante do mar, a ensinar a “Ciência e a Arte da Navegação” aos candidatos aos títulos amadores de Arrais, Mestre ou Capitão, bem como, a profissionais marítimos em busca de progressão em suas carreiras.

Profundo conhecedor das águas da belíssima região de Angra dos Reis, lá possuiu e comandou escunas nas quais, paralelamente à apresentação íntima aos embarcados dos encantos locais, oferecia a oportunidade do “aprender fazendo”.

E assim, o Comandante Felipe foi se tornando conhecido principalmente no Estado do Rio de Janeiro, onde é radicado. Simpático, alegre, tranqüilo, dedicado e super-preparado, todos que dele se aproximam tornam-se seus amigos e admiradores.

Agora, alicerçado em mais de uma década de ensino, consubstanciou os conhecimentos necessários para aqueles que pretendem alcançar o cobiçado título de Capitão Amador, neste trabalho que denominou de “Capitão Amador, Navegação Segura em Cruzeiros de Alto-Mar”.

Honrado e alegre com o convite feito para prefaciar esta obra, não tenho dúvidas em afirmar que o “Rumo Verdadeiro” para a chegada à habilitação título deste livro, deverá ser traçado através dos assuntos que o compõem.

Geraldo Luiz Miranda de Barros

CAPITÃO DE MAR-E-GUERRA

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